Depois de muita polêmica, esta manhã os bombeiros do estado do Rio de Janeiro foram beneficiados com um hábeas corpus. Entre os mais de 400 bombeiros presos em Niteroi estavam, pelo menos, dois surfistas: o big rider e campeão mundial Marcos Monteiro, e seu parceiro Patrick Reis. Ambos foram soltos esta manhã. Mas a luta continua. É inadmissível que os bombeiros, que exercem uma função muito importante na nossa sociedade, sejam mal remunerados. E os surfistas cariocas, alguns deles salva vidas, apóiam a luta desta categoria. Afinal de contas, tanto na Austrália quanto nos Estados Unidos existe uma grande ligação entre surfistas e salva vidas, que nestes países foram os pioneiros do surf . No Hawaii, por exemplo, onde vários surfistas trabalham como salva vidas, as condições de trabalho são muito boas. Um salva vidas havaiano ganha por volta de 5 mil dólares para exercer a sua profissão. Já aqui no Brasil... “Ganhamos menos de mil reais por mês”, declarou o Sargento Marcelo, que também é surfista. A FESERJ (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro) apoia as reivindicações dos bombeiros do estado do Rio. “Acho um absurdo o que eles ganham. Mas sou contra perder a cabeça e invadir o quartel. Isto não leva a nada”, declarou Abílio Fernades, atual presidente da FESERJ. “Como presidente da Feserj e surfista só tenho a exaltar o trabalho dos salva vidas”, afirmou Abílio, que promete o apoio da FESERJ na passeata que será realizada neste próximo domingo, em Copacabana, e que tem como objetivo chamar a atenção da população do Rio para a luta dos bombeiros por melhores salários e condições de trabalho.
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