Evangélicos fazem ato hoje, em São Paulo, em defesa do Estado de direito

Após manifesto, grupo irá se reunir na Faculdade de Direito do Largo Francisco com juristas, pastores e profissionais da comunicação

por Marcelo Santos, para a RBA publicado 28/03/2016 15:43, última modificação 28/03/2016 16:19
DIVULGAÇÃO
evangelicosSF.jpg
Pastor Ariovaldo Ramos será um dos oradores do ato desta segunda-feira
São Paulo – Evangélicos promovem na noite de hoje (28), a partir das 19h, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no centro da capital, ato para debater a legalidade e a democracia. O evento é organizado pela ONG Missão na Íntegra, que reúne líderes em 25 estados brasileiros e é referência entre os evangélicos na defesa da chamada teologia da missão integral.
O encontro terá nos debates os juristas Pedro Estevam Serrano e Magda Barros Biavaschi, a jornalista Magali Cunha, professora de Comunicação na Universidade Metodista de São Bernardo do Campo, e o cientista social Anivaldo Padilha, da Frente Brasil Popular.
Será a segunda ação do grupo que lançou na última semana um manifesto público em defesa da democracia. O documento circulou pelas redes sociais e já conta com 4 mil assinaturas.
O manifesto foi alvo de duras críticas por setores ultraconservadores da igreja evangélica, que o acusaram de ser uma peça em defesa do atual governo Dilma e do PT. Segundo o pastor batista e líder da Missão na Íntegra, Ariovaldo Ramos, trata-se de uma peça em favor da legalidade. “O manifesto é a favor do Estado de direito, portanto, a favor de que tudo seja feito sob o estrito cumprimento da lei. A única forma de este manifesto ser a favor do governo é o governo estar estabelecido segundo o Estado democrático de direito”, rebate.
Ramos admite que há uma dissensão entre os evangélicos. “Sim, estão divididos em relação à manutenção ou não da presidente no poder. Mas é praxe os evangélicos se dividirem sobre questões periféricas à sua fé”.
A teologia da missão integral é uma linha para a qual a atuação da igreja cristã não pode se resumir à espiritualidade ou demandas internas da comunidade, mas também abranger questões sociais, como a desigualdade, temas de habitação, agrários, ambientais, de saúde, entre outros.

Comentários