26/04/2012
Doa a quem doer
Editorial.
Os jornais o Estado de São Paulo e o Globo dão várias páginas sobre a
Delta Construções. Não podia ser diferente, tamanha a gravidade dos
fatos relacionados à empresa. Afinal, estão envolvidos no escândalo
governadores, senadores, deputados, governos, etc, etc e tal.
Esses exemplos servem para mostrar que a grande imprensa dá o caso com
o tamanho exato que ele tem. Os demais da mesma faixa nacional também,
com enormes destaques.
O que também ocorre nos jornais regionais. Mas aqui, no Espírito
Santo, onde a relação da Delta com o governo Paulo Hartung (PMDB) é,
no mínimo, pecaminosa, a ponto de a empresa entregar uma diretoria ao
irmão do ex-secretário da Fazenda , José Teófilo - e atual sócio de
Hartung -, a imprensa local está a ignorá-la por completo.
Outro ponto que chama atenção no Estado: o Tribunal de Contas não se
movimentou para apurar essa relação do governo Paulo Hartung com a
Delta, embora a nova gestão corra aceleradamente atrás de
irregularidades na área pública.
Até com intervenções preventivas, como acaba de ocorrer na prefeitura
da Serra. Convenhamos que o caso Delta – governo Paulo Hartung é
flagrantemente suspeito. Ignorá-lo é colocar em risco o futuro da
gestão do conselheiro Carlos Ranna. Quem, diga-se de passagem, assumiu
a presidência prometendo agir como magistrado.
O tal arranjo institucional do qual se valeu o ex-governador Paulo
Hartung para criar em torno dele um muro de proteção que contêm
quaisquer demandas contra ele, acaba de ser rompido, com a sentença
recente do presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES),
desembargador Pedro Valls Feu Rosa, no caso de Presidente Kennedy. Um
caminho para ser seguido.
Depois de nove anos de discurso constante de combate ao crime
organizado e lisura, que Paulo Hartung regia como uma ópera, há agora
a probabilidade de vir, finalmente à tona, os verdadeiros maestros da
corrupção no Espírito Santo.
http://www.seculodiario.com.br/exibir_not_coluna.asp?id=21430
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